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Segunda-feira, 26 de Março de 2012

CARTA ENVIADA POR UM LEITOR...

"Caro conterrâneo,

Sou pelo presente a partilhar uma viagem que fiz com minha esposa que em nada de anormal seria a não ser a particularidade do destino der “Mora”.

Isto porque, para quem é de Moura e sente com orgulho a sua terra e os seus laços, diversas são as vezes em que nos referimos a esse cantinho tão especial da margem esquerda do Guadiana que é Moura e muitas das vezes temos que corrigir “Sou de Moura, não de Mora!"

Mas ultrapassando o pormenor descrito, tal não é o meu espanto quando deparo que a povoação (hospitaleira e muito simpática, diga-se) não será maior que o Bairro da Salúquia e não tem mais comércio na vila toda do que em Moura existe na Praça Sacadura Cabral, refira-se que obtive a indicação que terá cerca de 2.500 habitantes.

 

Na minha visita-a Mora, que expectativa eu criei: Que Mora, fosse uma vila tal como é mas sobretudo ligada a água, ligada ao rio, tendo na sua gênese, uns laços que servem de sustento aos milhares de turistas que recebem quer em virtude do museu da água, quer pelas feiras, quer em torno do turismo rural que se desenvolveu, tudo em torno da água do rio.

Pois bem, ou não sentisse eu Moura de uma forma muito minha ou eu não ficaria com um amargo, um aperto por ver que Moura tem tantas ou mais potencialidades do que outras localidades como a referida e assiste serenamente o desenvolvimento passar como se apenas um espetador fosse…

 

Quer pelo Alqueva, por sinal o maior lago artificial da Europa, quer pelas águas de Moura, quer pelo azeite, ou até mesmo pelo Alentejo, pela nossa gastronomia, impõe-se que a nossa terra passe a contar nos roteiros turísticos!

Na minha modesta opinião, não precisamos de ser diferentes, de ser melhores que os outros, bastar-nos-ia ser iguais…e para isso chegava explorar o que é nosso…"

Publicado por: Nós Por Moura às 00:01
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27 comentários:
De LT a 26 de Março de 2012 às 10:42
... partilho a 100% a opinião do autor da carta.
LT


De Um Mourense qualquer a 26 de Março de 2012 às 11:03
Realmente...isto acontece porque quem governa não sente nem as dificuldades do povo nem o amor à terra!

É uma vergonha o descrito, mas temos que concordar que é verdade, os (poucos) turista que vem a Moura por exemplo pela "Vida é Bela"certamente não voltam a regressar, não lhe damos motivos pr isso...

Veja-se Portel, este fds tem o congresso das Açordas!!

Porque é que a CMM não se arranja uma parceria para um Parque de Campismo? Penso que hà 30 anos já ouvi falar nisso...


De o leitor a 26 de Março de 2012 às 11:18
Estou crente que podíamos todos levantar uma onda de dinamização da cidade...a todos cabe uma tarefa, 1º a sermos mais hospitaleiros que os outros, 2º vamos criar e apoiar o que é nosso...

Das muitas viagens que já fiz, existem diversas cidades, não pela arquitetura ou pelas condições de alojamento que encantam...sabem porque? Pela sua gente, simpática e hospitaleira!!

Ora, ouvir isso seria um grande orgulho para qualquer Mourense, porque não fazermos isso?

É o 1º passo, não custa nada...a barragem do Alqueva recebe cerca de 400 turistas por semana...porque não haver um motivo para fazerem mais 10m de viagem e conhecerem a nossa terra??

Todos ganhavam…


De Um Caleiro em Lx a 26 de Março de 2012 às 12:15
Porraa , vc imaginam que em Loures fazem o festival do caracol?? então nós damos 10-0 a esses todos e ficamos a ver o barco passar?

Estamos concerta à espera que Reguengos ou Portel dinamizem o turismo do Alqueva, depois ficamos com os restos...


De Curioso a 26 de Março de 2012 às 23:02
Pois eu estou nessa do Festival do Caracol e da Caracoleta! E vou já amanhã começar uma prova séria e detalhada sobre o assunto para ver quais os melhores!!!

Abraços calorosos para todos os calêros emigrados!!

P.S.: E um abraço à NSB aqui para o Nós Por Moura!!


De Um caleiro em LX a 26 de Março de 2012 às 17:20
Eu apostava num parque de campismo como o referido, junto ao rio Ardila "na barca por exemplo...

Era excelente, ninguém saía do mesmo sem passar pela cidade...


De AA a 26 de Março de 2012 às 17:30
Pois, só que é provável que quem têm o poder de decisão (políticos) prefira o investimento em zonas ou freguesias onde obtenha mais benefícios (votos)...ou então investem em bairros sociais...são esses os contribuintes que dão muito a ganhar à cidade!


De contribuinte a 27 de Março de 2012 às 09:53
Penso que era interessante partilharmos com o povo as estações da CP espalhadas por todo o nosso país. Algumas estão desactivadas à anos, umas abandonadas, outras preservadas e aproveitadas, enfim...como é a nossa por exemplo

Veja a titulo de exemplo, a antiga Estação da CP de Reguengos de Monsaraz, desactivada há alguns anos, mas felizmente que está preservada. Neste momento funciona como Gabinete de Acção Social do Município e o seu estado de conservação pode considerar-se muito bom!

Porque não dar um uso (algum) diferente do actual ?



De Anónimo a 27 de Março de 2012 às 09:55
A ideia do Parque de campismo na barca, aliás recriar a antiga "barca" era uma excelente ideia...

Não me parece, tinha que existir mais patriotismo, mais carisma...


De N T a 27 de Março de 2012 às 11:50
"O Museu do Pão, em Seia, atingiu esta semana a marca de um milhão de visitantes. Foi fundado há 10 anos e é um dos locais mais visitados da região serrana. Para assinalar o visitante 1 milhão, os responsáveis do Museu decidiram oferecer pães aos mais carenciados".

Imaginemos então em Moura, por exemplo ao lado dos quarteis, no estádio Maria Vitória um mega Museu do pão e queijo alentejano...ainda temos o azeite o peixe do rio...

Precisamos de iniciativas para trazer a Moura pessoas de fora, precisamos de turismo, nós temos recursos, vamos colocar a nossa terra no mapa turistico!!

NT


De NT a 28 de Março de 2012 às 11:15
"Naco à conquistador" passa a ser prato típico de Guimarães
Cerca de dez restaurantes da cidade já adotaram o "Naco à conquistador"

Qual seria o nosso?? Vamos criar marcas que distingam a nossa terra!!



De indignado a 28 de Março de 2012 às 14:19
Lisboa, 28 mar (Lusa) - A candidatura do cante alentejano a Património Imaterial da Humanidade manifestou hoje publicamente, em Lisboa, a sua "indignação" pela não entrega do processo à UNESCO, em Paris, que deveria acontecer na próxima sexta-feira.

O ator Nicolau Breyner, natural de Serpa, foi hoje o rosto da candidatura, que na casa do Alentejo leu hoje um comunicado em que se afirma que "adiar a entrega de um excelente e bem fundamentado documento é exigir aos portugueses que continuem a desbaratar dinheiros públicos durante não se sabe quanto tempo".

Até me assustei, pensei por momentos que fosse de Moura, pela inércia...


De Curioso a 29 de Março de 2012 às 22:59
Não foi culpa de Moura... acho que foi do Governo que lá colocámos!


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