"Caro conterrâneo,
Sou pelo presente a partilhar uma viagem que fiz com minha esposa que em nada de anormal seria a não ser a particularidade do destino der “Mora”.
Isto porque, para quem é de Moura e sente com orgulho a sua terra e os seus laços, diversas são as vezes em que nos referimos a esse cantinho tão especial da margem esquerda do Guadiana que é Moura e muitas das vezes temos que corrigir “Sou de Moura, não de Mora!"
Mas ultrapassando o pormenor descrito, tal não é o meu espanto quando deparo que a povoação (hospitaleira e muito simpática, diga-se) não será maior que o Bairro da Salúquia e não tem mais comércio na vila toda do que em Moura existe na Praça Sacadura Cabral, refira-se que obtive a indicação que terá cerca de 2.500 habitantes.
Na minha visita-a Mora, que expectativa eu criei: Que Mora, fosse uma vila tal como é mas sobretudo ligada a água, ligada ao rio, tendo na sua gênese, uns laços que servem de sustento aos milhares de turistas que recebem quer em virtude do museu da água, quer pelas feiras, quer em torno do turismo rural que se desenvolveu, tudo em torno da água do rio.
Pois bem, ou não sentisse eu Moura de uma forma muito minha ou eu não ficaria com um amargo, um aperto por ver que Moura tem tantas ou mais potencialidades do que outras localidades como a referida e assiste serenamente o desenvolvimento passar como se apenas um espetador fosse…
Quer pelo Alqueva, por sinal o maior lago artificial da Europa, quer pelas águas de Moura, quer pelo azeite, ou até mesmo pelo Alentejo, pela nossa gastronomia, impõe-se que a nossa terra passe a contar nos roteiros turísticos!
Na minha modesta opinião, não precisamos de ser diferentes, de ser melhores que os outros, bastar-nos-ia ser iguais…e para isso chegava explorar o que é nosso…"